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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ORIGEM, REVOLUÇÃO CHINESA E O ESTABELECIMENTO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA: INTERFACES SÓCIO-IDEOLOGICAS MARXISTAS-LENINISTAS EM MAO TSÉ-TUNG.

ORIGEM, REVOLUÇÃO CHINESA E O ESTABELECIMENTO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA: INTERFACES SÓCIO-IDEOLOGICAS MARXISTAS-LENINISTAS EM MAO TSÉ-TUNG.

Luciano Bezerra Agra Filho

Resumo: O que foi a Revolução Chinesa? Muitas perguntas, muitas respostas...Como era a China antes da revolução? Como foi a Revolução Chinesa? Como ficou a China depois da Revolução? Em que consistiam as maiores personalidades da Revolução Chinesa, em Mao tse-tung, (1893-1976)? O que foi a Revolução Cultural Chinesa? Percebe-se que a revolução chinesa foi uma luta nacionalista, que iniciou-se no século XX,  a fim de que os chineses ordenassem a China sem intervenção de nenhum outro país, tendo uma vitória Socialista. Ainda ficam algumas indagações: O que foi a Guerra do Ópio? Quem liderou a Guerra do Ópio? Qual os principais acontecimentos da Guerra do Òpio? Quais foram as conseqüências da guerra do ópio?

Palavras-Chave: Origem – Imperialismo – República Popular da China – Mão Tse-Tung.


ORIGEM, REVOLUÇÃO CHINESA E O ESTABELECIMENTO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA: INTERFACES SÓCIO-IDEOLOGICAS MARXISTAS-LENINISTAS EM MAO TSÉ-TUNG.

ABSTRACT: What went to Chinese Revolution? Many questions, many answers... How it was China before the revolution? How it went to Chinese Revolution? How it was China after the Revolution? Of what there were consisting the biggest personalities of the Chinese Revolution, of Hand tse-tung, (1893-1976)? What went to Cultural Chinese Revolution? It realizes that the Chinese revolution was a struggle nationalist, who began in the century XX, so that the Chinese ordered China without intervention of any another country, having a Socialist victory. They are still some investigations: What went to War of the Opium? Who led the War of the Opium? Which the principal events of the War of the Òpio? What were the consequences of the war of the opium?

Key words: Origin – Imperialism – People's republic of China – Hand Tse-Tung.



ORIGINE RÉVOLUTION CHINOISE ET LA MISE EN PLACE DE LA RÉPUBLIQUE POPULAIRE DE CHINE: SOCIAL INTERFACES IDÉOLOGIE MARXISTE-LÉNINISTE EN MAO ZEDONG.


Résumé: Quelle a été la révolution chinoise? Beaucoup de questions, beaucoup de réponses ... Comment était la Chine avant la révolution? Comment a été la révolution chinoise? Comment la Chine après la révolution? En quoi consistait les plus grandes personnalités de la révolution chinoise de Mao Tsé-toung (1893-1976)? Quelle a été la Révolution culturelle chinoise? Il est remarqué que la révolution chinoise était une lutte nationaliste, qui a commencé au XXe siècle, les Chinois comme la Chine ordonnés sans l'intervention d'un autre pays, avec une victoire socialiste. Il ya encore quelques questions: Quelle a été la guerre de l'opium? Qui conduit la guerre de l'opium? Quels événements majeurs de la guerre de l'opium? Quels ont été les conséquences de la guerre de l'opium?

Mots-clés: Source - l'impérialisme - République populaire de Chine - Mao Tse-Tung.



INTRODUÇÃO

                 A Revolução Chinesa figura, junto a Revolução Russa e a Revolução Cubana, como uma das grandes revoluções desse século. De cunho socialista, ela transformou radicalmente todos os setores da vida de um povo que como população nacional corresponde, na atualidade, um quinto da população mundial sendo a maior do mundo, sejam mudanças políticas, econômicas, administrativas, sociais, culturais e assim sucessivamente. Por tudo isto, John Chan, colocou sobre os Sessenta anos da Revolução Chinesa dizendo o que:

Estas celebrações não estão em desacordo com o maoísmo e a Revolução Chinesa de 1949, mas são o seu resultado lógico. O PCC foi formado em 1921, influenciado pela Revolução Russa de 1917 com base no marxismo. No entanto, foi rapidamente impactado pela ascensão do stalinismo na União Soviética. Sob condições em que o primeiro estado operário estava isolado, o grupo de Stalin, representando os interesses de um aparato burocrático conservador, usurpou o poder após a morte de Lenin, em 1924, com base na rejeição do internacionalismo socialista. (CHAN, 2009, p. 01)


                  Podemos perceber neste fragmento extraído acima, que essa revolução é processada de um modo universal e ao mesmo tempo singular em relação a outros fatos semelhantes ocorridos em outras regiões do mundo. Para compreendê-la é necessário compreender não somente os fatos ocorridos durante seu processo de acontecimento, é necessário analisar, intertextualizar, contextualizar as circunstâncias anteriores que levaram a revolução, sua trajetória esta diretamente intrínseca ao passado da China e de seu povo, suas tradições, e costumes, as idéias das várias correntes revolucionárias, suas contribuições e divergências entre si.
                   Diferente da Revolução de 64 ocorrida no Brasil, a revolução Chinesa foi uma revolução no sentido estrito da palavra, ou seja, uma mudança radical e drástica de uma situação vigente, a revolta de uma classe dominada contra uma classe dominante culminando conseqüentemente com a derrubada da última pela primeira, e não um golpe onde, como no Brasil em 64, se muda somente uma forma de governo ou uma classe dominante.
                    A força desse movimento esta no fato dele ser vindo do próprio interior do povo chinês, embora tenha seus grandes revolucionários buscando apoio em teorias socialistas vindas do Ocidente, ela somente teve sucesso por que buscou embora usando métodos importados, a superação e a resposta para seus problemas no próprio interior, na história do seu povo, em suas milenares tradições de um povo que difere do que pregam muitos autores, nunca foi submisso a dominação estrangeira, isso provocado através das várias revoltas sufocadas durante o longo de suas história.
                    Vale ressaltar, que a revolução Chinesa foi uma revolução no sentido estrito da palavra, uma revolução de cunho socialista violenta como todas elas. Percebe-se, que uma revolução não é uma festa, nem simplesmente escrever um ensaio, ou até mesmo pintar um quadro, ou ainda fazer um bordado. E não pode ser muito refinada, lentamente e suave, nem comedida, gentil, cortês, discreta e magnânima. Como se vê, uma revolução é uma insurreição, um ato de violência mediante o qual uma classe subjuga a outra, e é por isso que Mão Tse-Tung[2] estava certo ao argumentar, meditar e a falar essas palavras, e assim ocorreu a revolução Chinesa.
                     No decorrer das próximas páginas, será explicada o porque dessa revolução, o seu desenrolar, seus grandes momentos, os elementos fundamentais que explicam, que contribuíram, o fim do processo revolucionário armado e as perspectivas dessa revolução que ainda não acabou, que gradualmente, passo a passo procura instaurar na China um socialismo, coerente comum as características chinesas, assim mesmo depois do fim do processo armado a revolução continua a trilhar seus caminhos.


UM PEQUENO RELATO DA HISTÓRIA DE UMA GRANDE NAÇÃO


                 Terra, esse é o principal elo de união do povo chinês. Assim como a terra gira em torno do sol, a sociedade chinesa vive em torno da terra, é impossível compreender a história chinesa sem estudar e compreender as grandes ligações históricas do povo chinês com a terra. A história da China remonta de mais de dois milênios, sempre ligada a terra como base principal de sua economia, essa ligação com a terra influenciou direta ou indiretamente todos os movimentos revolucionários chineses, até a Revolução Chinesa pois essa teve como classe mais importante o campesinato. As rebeliões camponesas são um elemento essencial na construção da história chinesa, elas têm o mesmo papel, importante, das ocorridas na Europa Medieval. Enquanto a Europa viveu cerca de um milênio, com o sistema feudal a China conviveu com o feudalismo do século VI a.C, até praticamente o início da revolução. Assim a partir das contradições desse sistema, principalmente a grande opressão contra os camponeses, houve dezenas de revoltas que chegaram até derrubar dinastias. Segundo Han Suyin argumentou que: No ano 17 D.c., que foi de terrível seca, dois camponeses, Wang Kuang e Wang Feng, organizaram um exercício e atacaram os latifúndios, em 184 D.c., uma rebelião camponesa maciça, chamada de Revolta dos Turbantes Amarelos, abalou o regime do Han Oriental que caiu. (SUYIN, 1969, p. 27). Com referência a isso, José Renato Salatiel, relatou que:


[...] O clima de revolta contra os estrangeiros e os senhores feudais incentivou levantes populares como a Revolução Celestial Taiping (1851-1864) e as rebeliões dos Nain (1851) e dos Boxers (1900-1901). O sentimento anticolonialista entre os camponeses - que, correspondendo a 80% da população, eram a grande força militar do país - foi canalizado na formação do Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês). O partido foi criado por Sun Yat-sen (1866-1925), que proclamou a República entre 1911 e 1912. Mas mesmo tendo derrotado a monarquia feudal, os nacionalistas não conseguiram manter o poder, que foi transferido para senhores da guerra ligados às potências estrangeiras. Na prática, portanto, pouca coisa mudou.[...] (SALATIEL, 2009, p. 01)


                O sistema feudal chinês teve várias particularidades únicas entre elas há o feto que ele passou em sua maior parte do tempo com seu poder político centralizado, mesmo havendo grandes poderes nas mãos dos grandes latifundiários, o que permitia a construção de grandes obras do Estado como irrigação, drenagem e etc,. outra de suas particularidades é a substituição, a partir do século III D.c da aristocracia feudal por uma nova elite surgida, a dos burocratas do governo e dos intelectuais, surgia agora uma literocracia, um governo baseado no direito divino de saber ler. Essa literocracia amainava as revoltas camponesas, utilizando de concessões reformistas para impedir o declínio das casas imperiais, mas isso foi em vão. Além dos problemas internos com suas classes sociais, em contradição, fato esse aumentava nos períodos da seca ou inundação o que não era fato excepcional na China, esta manteve que conviver com várias invasões estrangeiras, os mongóis no século XVIII, os Mandchus no século XVIII, que fundaram a última dinastia chinesa a dos Sings, e principalmente a das potencias imperialistas do século passado. É nesse contexto que José Renato Salatiel argumentava que:

Considerada um dos berços da civilização, a China desenvolveu a escrita, o Estado e várias tecnologias - como a fundição de ferro e bronze, fabricação de tecidos, indústria naval e imprensa - muito antes do Ocidente. Enquanto os gregos inventavam a filosofia ocidental e a democracia, entre os séculos 8 e 3 a.C. os chineses faziam a transição da sociedade escravista para o regime feudal, com amplo desenvolvimento cultural e científico. Foi também um período marcado por guerras entre os senhores feudais, até que a dinastia Qin instituiu o primeiro Estado centralizador, com o objetivo de unificar o país e resolver os conflitos internos. Os dois mais famosos legados da China feudal são da dinastia Qin: a Grande Muralha e o Exército de Terracota. Nos séculos seguintes, a disputa entre dinastias ora centralizava ora descentralizava o poder no Estado chinês. Durante a dinastia Ming (1368-1644), no século 14, o país possuía a mais avançada frota naval do mundo. Porém, a expansão mercantilista foi proibida pelo sistema feudal, influenciado por aspectos mais conservadores da doutrina de Confúcio (551 a.C.- 479 a.C.). Isso contribuiu para a ascensão da monarquia absolutista Qing e o atraso econômico, social e industrial da China em relação à Europa. Foram essas desvantagens frente aos impérios coloniais do século 19, somadas a instabilidades internas causadas por rebeliões camponesas, que deixaram o país suscetível a interferências de nações imperialistas. Após a primeira Guerra do Ópio (1840), contra a Inglaterra, o país foi praticamente retalhado em colônias inglesas, francesas, alemãs, japonesas e americanas. (SALATIEL, 2009, p. 01)


E ASSIM CHEGOU O IMPERIALISMO


                 A partir do século XIX a China começa a ser alvo da expansão imperialista que agora de forma mais organizada e predatória e aproveita-se da fragilidade da dinastia Manchu[3], que não era aceita pelo povo chinês por ser de origem estrangeira, além de outros problemas sócio-econômicos. Confirma-se, portanto, que Han Suyin disse o seguinte:

O duplo impacto da agressão ocidental e da desintegração interna devido a corrupção e ineficiência dos Mandchus, destrocou a economia chinesa. A destruição da base econômica do feudalismo, a economia agrária, criou uma mercadoria e um mercado de mão de obra, e abriu a possibilidade do desenvolvimento do capitalismo na China. (SUYIN, 1969, p. 31-32).


                 A Ásia Oriental sofreu diferente da África, exceto, a dominação colonial das potências européias dos séculos XVI – XVIII, estas somente exerciam um comércio controlado pelo Estado. Na China o comércio anterior era controlado e organizado pelo governo através de uma associação comercial denominada Ko Hung, em Catão[4]. Isso ia de encontro aos interesses das potencias imperialistas da época. Ainda discorrendo sobre isto, Suyin colocou que: “O capitalismo monopolístico ocidental estava exportando capital para as áreas dominadas, a fim de beneficiar-se com a mão-de-obra e matérias-primas baratas, e porque temia o surgimento de potências industriais asiáticas rivais.” (SUYIN, 1969, p. 32).
                  Através de tratados iníquos[5], direitos extraterritoriais, indenizações de guerra, concessões, ocupação por tropas estrangeiras, massacres e saques das cidades chinesas. Um marco disso é a primeira Guerra do Ópio (1839 – 42)[6], era o pretexto, o ponto de partida da dominação estrangeira imperialista. Depois de várias tentativas da dominação estrangeiras imperialista. Depois de várias tentativas pacíficas de dominação os imperialistas ingleses-europeus mais fortes na região, declaram guerra à China. Essa oportunidade surgiu depois da destruição de um carregamento de ópio inglês, que foi seguida de uma expedição naval, que após bombardear Nanquim o primeiro dos tratados iníquos, obtendo a Inglaterra, a ilha de Hong Kong, a abertura de outros cinco portos, uma indenização de guerra e o fim do monopólio comercial de Ko Hung. Depois a França e os EUA, em 1844 conseguem vantagens semelhantes, as últimas resistências do débil governo imperial foram destruídas por novas intervenções estrangeiras [a segunda[7] e a terceira[8] guerra do ópio em 1856 e 1858], que conduziu ao tratado de Pequim em 1860, abrindo aos ocidentais outros onze portos além de indenizações de guerra e concessões extra territoriais. Além dessas, outras investigações estrangeiras consolidaram a dominação imperialista na China. Esses fatos não ocorrem com a subserviência do povo chinês, este resistiu às investidas estrangeiras. A elite dominante em sua maioria era subserviente aos estrangeiros, a dinastia imperial não era aceita pelo povo. O povo resistiu a dominação estrangeira através de sociedades secretas e rebeliões de tendências xenófobas, coletivas, progressistas e igualitárias como a Revolução dos Taipings[9] e a Insurreição dos Boxers[10]. Quais foram as causas da revolta de taiping?


REVOLUÇÃO: A BUSCA DE NOVOS CAMINHOS

                  A partir de meados do século passado com o imperialismo começa a chegar na China idéias políticas ocidentais que influenciaram os indivíduos que lutavam contra a dominação estrangeira. Tendo como idealismos máximos Liang Ch’i-Ch’ao[11] e depois Sun Yat-sen[12], iniciou-se um movimento revolucionário que tinha como objetivo trazer pra China as idéias e realizações do Ocidente, era um movimento que pregava o anti imperialismo, a democracia, a centralização do Estado e sua modernização, o que seria uma revolução democrática burguesa e alcançou maior penetração na pequena elite capitalista nacional. Esse movimento, republicano, teve como conseqüência máxima a proclamação da república em 1911, só que como todas as revoluções de caráter burguês, não superou os grandes problemas e contradições do povo chinês. É nesse contexto, que Rubin Santos Leão de Aquino, nos mostrou que:

Mesmo após a proclamação da república, China não se livrara da anarquia interna e da pressão do imperialismo crescendo as rivalidades entre norte-americano e japoneses. Contudo mudanças ocorriam face ao desenvolvimento das industrias, favorecidas pela disponibilidade de mão-de-obra barata. O proletariado uno aumentava e constantes greves evidenciavam crescente descontentamento. A grande maioria da população compunha-se de camponeses pobres, cujas dificuldades aumentavam com o continuo fracionamento da terra, com a elevação das taxas de arrendamentos do solo, com as freqüentes guerras e inundações decorrentes das cheias dos rios. (AQUINO, 1988, p. 117)


                  A pequena elite capitalista não tinha força militar, esta ainda estava nas mãos dos latifundiários, o operário era pouco e nem todos os camponeses eram favoráveis a revolução, isto por causa de longa tradição de serviência baseadas nos ensinamentos de Confúcio. Com a proclamação da república Sun Yat-sen é declarado o primeiro presidente da China, mas logo depois aproveitando-se da fragilidade do governo Yuan Shikai[13], general chinês que liderando a classe militar e mais reacionária do novo regime tomou as rédeas do poder colocado o Kuomitang (Partido Nacional Chinês, fundado por Sun Yat-sen),[14] e exilado Sun Yat-sem, fora-da-lei. Em 1919 Sun exilado volta a China para continuar a luta.
                   Nesse ano a península de Chanfung é invadida pelo Japão e tem sua ocupação endossada pelos aliados durante a Conferência de Versalhes, é um período de efervescência de idéias de movimentos culturais e políticos que culminou com o movimento de 4 de maio. Esse movimento, considerado o marco para a verdadeira luta antiimperialista, iniciou-se com um protesto de mais de 5 mil estudantes que marcharam pela ruas de Pequim e desencadeou uma séries de greves e protestos de fins políticos, somente antiniponicas o que fez com que o governo de Pequin rende-se anunciando que se recusaria a assinar o tratado de paz de Versalhes, é aí que surge no contexto revolucionário duas correntes de idéias: uma que pretendia manter intactas as estruturas sociais tradicionais da China revestindo-a de uma cultura moderna ocidentalizante e outra que achava necessária transformação radical das relações sociais e conseqüentemente uma transformação da cultura.
                  Em 1921, Sun Yat-Sem é reeleito presidente da China começando uma violenta luta contra os senhores da guerra e os outros requisitos do antigo regime. O kuomitang se volta para Rússia se aliando a seu opostos o Partido Comunista Chinês, e o governo acontece o I congresso do Kuomitang que assume três opções políticas, a saber, voltar-se para a Rússia, unir-se com o PCC e uma unidade de ação a das massas a favor dos camponeses e operários com base dos princípios de nacionalidade, democracia e solidariedade entre classes, e isso durou até 1925 quando, de câncer, morre Sun Yat-sem. Com a morte de Sun assume o poder de Chiang Kai-shek[15], líder da força militar do Kuomitang, que seguiu uma linha dura e autoritária mantendo-se no poder até 1949, em um governo tumultuado e marcado por uma guerra civil. É no governo Chiang que o Kuomitang deixa claro sua opção pelos interesses da burguesia chinesa, inicia-se em seu governo um período de repressão ao movimento comunista que tem sua ruptura oficial com o governo em 1927 depois do massacre de líderes sindicais e membros do PCC que havia libertado Xangai das mãos do senhor da guerra local através de uma insurreição popular. Em seu governo expande-se o domínio o Japão que a partir da primeira década do século se torna mais agressivo de insistente querendo tornar a China em um protetorado seu, fonte de matérias-primas. O Kuomitang pouco fez contra o gradual invasão japonesa, e achava melhor primeiro destruir o poder vermelho interno e depois lutar contra a invasão estrangeira.

AÍ VEM OS COMUNISTAS

                  Depois da Revolução de 1917, os movimentos revolucionários de todo mundo passaram a ter uma corrente ideológica de maior predominância, a dos comunistas que com a vitória do movimento russo passaram a dianteira do mundo. Partidos comunistas foram fundados em todo mundo inclusive na China. Em 1921 foi fundado o Partido Chinês[PC], que teve origem de grupos de estudos Marxistas que aproveitaram idéias de Marx e Engels vindas com outras idéias ocidentais e teve como introdutores Li Ta-Chao[16] e  Ch'en Tu-hsiu[17], os quais eram amigos de Mão Tse-tung, o maior expoente marxista e revolucionário da China. De acordo com a leitura de Hedda Garza, notamos que:

Em 1921, o Comitern, fundado por Lênin para dirigir o movimento socialista a nível mundial ordenou a fusão de todos os grupos marxistas da China em um único partido. Logo em seguida Ch’Em e Li organizaram uma conferência na possessão francesa de Xangai, reunindo representantes de 57 grupos marxistas no I Congresso do Partido Comunista Chinês. (GARZA, 1988, p. 29)


                  A partir de sua fundação o PCC foi orientado por idéias vindas de Moscou, teve vários períodos de unidade com o Kuomitang, também por orientações russas, primeiramente quando de sua fundação até a morte de Sun Yat-Sem, após a morte de Sun Chiang começa uma onde de repressão contra o PCC o que tem como conseqüência a ruptura da frente unida. Mesmo depois de muitas fracassadas tentativas de uma frente unida entre o PCC e o Kuomitang, o Comintern[18] continuou a direcionar o PCC para este intenso que causou o aparecimento de correntes divergentes de pensamentos dentro do PCC. Mão Tse-Tung faxia parte de uma das correntes oposicionistas as idéias vindas de Moscou, alem de surgirem várias polêmicas teóricas sobre a classe revolucionária mais importante na China: o campesinato ou o proletariado urbano.
                  Obedecendo a orientação da III internacional, e do governo soviético o PCC segue as diretrizes de que a revolução deve ser dirigir pelo proletário urbano, só que, várias tentativas revolucionárias partidas dessa idéia fracassaram, a exemplo disso temos a Revolta da Colheita de Outono que fracassou e que causou a morte de milhares de revolucionários. A partir desse fracasso inúmeros revolucionários inclusive Mão Tse-Tung, começaram a crer que a verdade era a classe dirigente da revolução era o campesinato e que além de nacionalistas a revolução precisava ser efetivamente social. A luta armada deveria ser vista como uma luta de classe, e o terreno decisivo dessa luta estava no campo e não na cidade. Em uma sociedade eminentemente agrária, a bandeira a ser levantada seria a terra é unicamente de quem trabalha. (BEZERRA, 1987, p. 47).


MAO TSÉ-TUNG - O GRANDE TIMONEIRO

                  A Revolução Chinesa como um grande espetáculo teve uma grande estrela, que participou de todos os importantes fatos do processo revolucionário, esta estrela é Mao Tse-Tung. Filho de camponeses, teve sempre um espírito revolucionário, forte e impulsivo, nascido em 1893 em SHAOSHAN, na província de Hunan[19] e teve dois outros irmãos mais novos. Até os 6 anos teve uma vida melhor que a dos outros camponeses, aos 8 começou a estudar fazendo depois, um curso de treinamento de professores depois, Direito. Por conflitos com seu pai, saiu de casa para estudar em Changsha[20], capital da província. Em 1911 entra para o exército de Sun, participa de vários movimentos sociais, ajuda a fundar o PCC em 1921, líderes a longa marcha de 1934 a 1935 e em 1949 com a vitória dos comunistas torna-se o primeiro presidente da República Popular da China.


O INÍCIO DA REPÚBLICA SOCIALISTA E A LONGA MRCHA:


                Embora com as várias tentativas de formação de uma frente unida, entre Kuomitang e o PCC, estes sempre foram antagônicos, e sempre viveram em constantes atritos, a partir de 1930, Chiang aumenta a repressão contra o PCC com campanhas de cerco e aniquilamento das bases vermelhars (localizadas sobre o domínio comunistas nas quais se tentava em com a organização socialista em pequena escala), que já contava em com a população de 9 milhões de habitantes. Sempre sem êxito até que em 1930 inicia uma campanha com 900 mil homem do exército do Kuomitang, que se viu obrigado a fazer uma retirada estratégica que ficou conhecida como a longa Marcha.
                  Durante um pouco mais de um ano esquivando-se do exército nacionalista, enfrentando fome e frio, Mão liderando o exército vermelho (cerca de cem mil homens) sai de Kianesi, no sul da China e apenas 20 000 chegam ao norte em Yenan na província de Shensi, aí os comunistas aprofundam questões teóricas sobre a revolução alem de fazerem experiências sobre a estrutura de organização da sociedade socialista. De Yenam parte uma ofensiva contra os japoneses que desde a década de 30 vinha ocupando o território da China. Enquanto exército nacionalista pouco fazia contra a invasão japonesa, o que causava revolta do povo chinês, o exército vermelho aos poucos iam se tornando a maior força de resistência ao invasor japonês.
                  Em 1937, com a intensificação da invasão japonesa é formada uma frente unida entre o PCC e o Kuomitang e o governo da China comunista(zonas liberdade e dirigidas pelo exército vermelho que em 1944 tinha 100 milhões de habitantes e correspondia a China setentrional e centro meridional). Não era um governo de coalizão e se uma trégua dada ao PCC para que este prosseguisse com a luta antiniponica. Durante a II Guerra mundial depois da declaração de guerra dos EUA contra o Japão, este (EUA) passa a mandar armamentos para China Nacionalista para que esta lutasse com o Japão. Com as expulsão dos japoneses do território chinês e o fim da II guerra mundial em 45, inicia-se a última guerra civil na China. O PCC agora com o apóio maciço da população após mais 4 anos de luta, em 49 derruba o governo de Chiang e em 1º de outubro de 49 proclama a República Popular da China tendo Mão Tse Tung como primeiro Presidente.
A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

                  Segundo, o jornalista e professor universitário José Renato Salatiel afirmou que:

A China era então um país pobre, atrasado e completamente destruído por mais de duas décadas de guerras e batalhas domésticas. Nas três décadas seguintes, Mao Tse-tung fez do país um dos maiores laboratórios da experiência socialista do século passado, grande também em seus desastres. No decorrer do Grande Salto Adiante (1958-1961), campanha que tinha como objetivo modernizar a China aumentando a produção agrícola e acelerando a industrialização, cerca de 20 milhões de pessoas morreram de fome. Já a Revolução Cultural (1966-1967, 1972-1973 e 1975-1977), movimento de caráter ideológico que iniciou o culto ao líder Mao Tse-tung, foi um dos períodos mais traumáticos da história do país. Intelectuais e pessoas consideradas inimigas do partido eram executadas pelos "guardas vermelhos", enquanto outros eram perseguidos e exilados do país. Foram estes primeiros fracassos do regime comunista que levaram o PCC - tendo à frente Deng Xiaoping (1904-1997), que se tornou líder máximo após a morte de Mao - a promover reformas políticas e econômicas entre 1978 e 1980. As reformas tiveram como maior característica a abertura do mercado. Com a queda dos governos comunistas no Leste Europeu, supunha-se que a China encontraria o mesmo caminho aberto pelas reformas na economia, rumo à democracia liberal. Não foi o que aconteceu. O país adotou um sistema que combina protecionismo e livre mercado, propriedade privada e social, capitalismo econômico e Estado socialista. (SALATIEL, 2009, p. 01)


                  Chiang Kai-Shek foge em 1949 para a ilha de Formosa e funda a China Nacionalista, no continente, a revolução é conquistada, mas o Ocidente não reconhecem a China Popular como noção e sim a Nacionalista. Com a proclamação da República da China Popular começa um período de grandes sacrifícios para o povo chinês que agora passava a deixar de lado suas aspirações individuais orientando toda sua força de trabalho para as necessidades coletivas. Após longos anos de guerras e dominação estrangeira, a economia chinesa esta arrasada, as cidades sofrem com um grande inchaço, ajuda do exterior não existe, pois nem o ocidente a reconhecia como nação e as relações com Moscou estavam tensas, a indústria sempre modesta estavam reduzida praticamente a zero, fome, desemprego e miséria, e é por isso que faziam parte do cotidiano chinês.
                   Assim o novo governo começou com praticamente nada. Em 49, como presidente, Mão visite a Rússia, conseguindo com muita persistência um empréstimo de 300 milhões de dólares a juros baixos e mais a promessa de que o governo soviético enviaria técnicos e tecnologia a China, em troca do controle da Mandchúria e do direito de exploração de minérios nos desertos do Oeste da China. Quando Mão volta a China tem início a Guerra da Coréia na qual a China perde 1 milhão de homens e praticamente todo dinheiro que seria usado no desenvolvimento social, e aí que começaram as medidas revolucionárias, a princípio foram poucas as medidas radicais adotadas, subsistiram formas capitalistas paralelas a uma socialização progressista  dos meios de produção.
                  A China precisava passar por um processo de acumulação de riquezas, havia um processo que transformar-se o país agrícola em um pais industrial, isto seguindo durante o início, orientações da Rússia. Inúmeras leis foram feitas para conseguir progresso material da China sem desrespeitar a justiça e a democracia entre elas estão a lei de reforma agrária que não se limitando somente a distribuir terras esse processo é precedido de uma  conscientização do camponês sobre as mudanças do processo revolucionário; a lei de organização sindical, a lei do casamento e além de várias campanhas populares como o Movimento dos três, a saber, anticorrupção, antidesperdício e antiburocracismo em 1951, depois em 1953 o dos cinco anti-s, contra as práticas de fraude fiscais, comercial, de suborno, de desvios de bens do estado e de espionagem econômica, e a campanha mais drástica, a do movimento de eliminação, nesse período, segundo Mão tinha sido eliminado com 700 000 conta-revolucionários, embora outras fontes revelaram cifra maior.
                  No final de 1952 é lançada a primeira tentativa de planificação da economia, é lançado o primeiro plano qüinqüenal para acelerar o desenvolvimento sócio, político, cultural e econômico para atingir o pleno socialismo, seguindo o paradigma soviético, com prioridade atribuída a indústria pesada, pela centralização político-administrativa e pela necessidade de um ritmo acelerado de crescimento. Suas metas foram conseguidas, com um crescimento global da economia de 18% ao ano, só que a custa de um aumento ed contradições no seio da sociedade além de uma acumulação de poder nas mãos do partido comunista e a prioridade da indústria deixou a agricultura à deriva.
                   Após o primeiro plano que ultrapassaram os seus objetivos em quase todos os setores. Segundo a orientação de Mão, foi iniciado o grande salto para frente, o segundo plano qüinqüenal. No presente momento a atenção era retornada para o campo, para atingi-lo os seus objetivos, cujo são criadas as comunas populares, estas se tornaram centros de produção econômica, cada uma delas era auto suficiente, nelas o poder local controlavam a economia legal, sejam industriais ou regiões agrícolas, são iniciadas as construções de estradas de rodagens e trabalhos de irrigação. Entretanto, o grande salto para frente, que queriam atingi-lo os objetivos alcançados pela Rússia em 30 anos em três, mas não deu certo, e é por isso que estavam contribuindo para isso, ou seja, inúmeros fatores, sejam naturais como secas e inundações ou outros como o escasseamento de matéria-prima para a indústria, inexperiência técnica industrial, insuficiência de transportes e assim sucessivamente., além disso surge a Campanha das Cem Flores na qual abre-se um espaço para críticas e denúncias de erros durante o plano e sobre todo o processo revolucionário. As contradições sócio-políticas se agudiçam o que termina com a saída de Mão da presidência em 1961. Pode-se confirmar a consciência da importância da questão da Revolução Cultural, no trecho seguinte:


Em 1964, quando a União Soviética assinou um acordo de suspensão das experiências nucleares com os EUA, Pequim acusou Moscou de trair o Marxismo-Leninismo. Para Mao Tsé-tung, o líder chinês, a coexistência pacífica era um disfarce, para uma política de acomodação, pela qual as duas superpotências dividiriam o mundo entre si. No mesmo ano a China detonou sua primeira bomba atômica. A situação ficou mais séria a partir de 1967, quando os radicais chineses, sob o comando de Chiang Ching, a mulher de Mao, lançaram a chamada Revolução Cultural. A estrutura da sociedade Chinesa foi virada de pernas para o ar. Jovens revolucionários assumiram o controle da situação, brandindo o livro vermelho dos pensamentos de Mao, enquanto seus professores eram mandados para centros de reeducação no interior e forçados a marchar pelas ruas com chapéus de burro. No plano externo os soviéticos, chamados por Pequim de social-imperialistas, eram considerados os maiores inimigos da China. Soldados dos dois países chegaram a trocar tiros na fronteira em 1969. O isolamento acabou por levar aos chineses a procurar melhorar as relações com países da Europa e com o Terceiro Mundo. A ofensiva culminou em 1971 com o ingresso da China comunista na ONU, tomando o lugar que desde 1945 pertencia a China Nacionalista, o Governo formado por Chiang Kaichek na ilha de Formosa. (CIVITA, 2010, p. 01)


                  O que foi a Revolução Cultural Chinesa? A partir de 1966 surge uma revolução dentro da revolução é a grande Revolução Cultural, de caráter não somente cultural como social e econômico e político, mas visava eliminar os burocratas do partido além de incentivar as massas a uma maior participação e a organização sócio-político em todos os setores da vida chinesa uma participação marxista da população, isto através da literatura, o teatro, estética, e outros tipos de artes que deveriam espelhar as realidades sociais e serem fontes da politização das massas. Além disso era um processo de maior incentivo a produção, só que surgem muitos problemas entre eles a radicalização de participantes do movimento principalmente dos Guardas vermelhos. Mão ainda retorna a presidência no final da década de 60 até em 76 com a sua morte. A partir da década de 70 depois do rompimento com a Rússia a China se abre um pouco para o ocidente, com muito cuidado o governo começou uma abertura que até hoje continua em processo.
                    


CONCLUSÃO


                  Com um pequeno estudo da Revolução Chinesa, tendo como paralelo toda a história chinesa, podemos perceber por alto que a revolução socialista ocorrida em 49 na China é uma parte de uma grande revolução que vinha ocorrendo a longos anos, e que embora passando desapercebida por muitos dava sinais de vida em ocasiões múltiplas que eram as rebeliões camponesas, pode-se pensar nisso como um absurdo, mais características da Revolução Chinesa são encontradas em várias rebeliões camponesas passadas como: a coletividade das terras, o antiimperialismo, estrangeiro, uma renovação cultural contando com a emancipação da mulher entre outras, era como se a China vivesse uma revolução em toda sua história.
                  A proclamação da República Popular da China não é o fim da revolução que está continuando em marcha, mas, os problemas como alimentação, vestuário, habitação e transportes foram aos poucos quase que totalmente solucionados, e na realidade é necessário um avanço nas condições de vida da população, quanto ao sucesso dessa fase da revolução, quanto ao seu sucesso isso pode ser observado em dados estatísticos com um aumento da média de vida de 32 anos em 1949 para 68,2 anos em 1980, uma queda na taxa de mortalidade de 28 por mil habitantes em 49 para 6, 29 por mil habitantes em 1980, o crescimento da população chinesa[altura] de 5 cm, além da transformação da China em uma potência da atualidade.
                  É importante ressaltar ainda, que a Revolução Chinesa vitoriosa foi liderada por Mão Tse Tung que implementou as reformas estruturais no país, organizando um paradigma socialista com as inúmeras diferenças em relação ao paradigma Soviético.  Como se vê, o paradigma maoísta perdurou até os anos 70 do século XX, quando se estabeleceram as relações diplomáticas, comerciais e administrativas com os países capitalistas, porém somente no início dos anos 90 do século XX, sob a liderança de Deng Xiaoping, que a abertura se desenvolveu com o estabelecimento de uma economia socialista de mercado, ou seja, desde a economia chinesa é a que mais desenvolve nos mercados mundiais, abstraindo grande parte dos investimentos internacionais. Nesse discurso, Arruda declarou que:


Em 1976, esgotava-se na China o fôlego da Revolução Cultural, iniciada em 1966. Nesse ano morria Mao Tse-tung, seu principal idealizador. Em 1978, sob a liderança de Deng Xiaoping, o país começaria a flexibilizar o regime socialista. Buscava-se então uma difícil conciliação entre a abertura econômica em direção à economia de mercado e a preservação do regime político autoritário sob a hegemonia do Partido Comunista Chinês. (ARRUDA, 2003. p. 465.)


                    Segundo Arruda, Mao Tse-tung chegou ao poder por meio da revolução armada de orientação socialista que ficou conhecida como revolução cultural.


“[Vencer uma batalha nacional é apenas o primeiro passo de uma longa marcha [...] Lutar, falhar, lutar novamente, falhar novamente, lutar outra vez [...] até a vitória. Essa é a lógica do povo]” [Mão Tse-Tung]




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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[1]Graduado em Licenciatura em História pela Universidade Estadual da Paraíba [UEPB] e Graduando em Licenciatura Plena em Filosofia pela Universidade Estadual da Paraíba [UEPB].

[2] Mao Tsé-Tung, (em chinês tradicional:毛澤東; e em chinês simplificado: 泽东, Mao Tse-tung pela transliteração Wade-Giles, ou Máo Zédōng, pela pinyin), (Shaoshan, 26 de Dezembro de 1893 - Pequim, 9 de Setembro de 1976), foi um teórico chinês, político, poeta, filósofo, visionário e líder do Partido Comunista revolucionário Chinês. Ele liderou a República Popular da China desde a sua criação em 1949 até sua morte em 1976. Sua contribuição teórica para o marxismo-leninismo, estratégias militares, e suas políticas comunistas são conhecidas coletivamente como Maoísmo.

[3] Os Manchu (manju em Manchu, 滿 pinyin: mǎn) são um grupo étnico que teve origem no nordeste da Manchúria. Eles conquistaram a dinastia Ming no século 17 e fundaram a dinastia Qing, que governou a China até 1911. Hoje, os Manchus foram em grande parte assimilados pelos Chineses Han que os rodeavam e a língua manchu encontra-se quase extinta. Eles formam uma das 56 nacionalidades oficialmente reconhecidas pela República Popular da China.
[4] Ge Hong (Chinese: 葛洪; pinyin: Gě Hóng; Wade–Giles: Ko Hung, 283–343), courtesy name Zhichuan (稚川), foi um menor do sul funcionário durante a Jìn Dinastia (263-420) da China, mais conhecido pelo seu interesse em Daoism, alquimia, e as técnicas de longevidade. Mas religiosos e esotérico escrita representa apenas uma parte considerável da Ge produção literária, que no seu conjunto, abarcam uma vasta gama de conteúdos e genros.
[5] Os chamados Tratados Iníquos foram uma série de tratados firmados entre a China Dinastia Qing, o Japão Tokugawa e a Coreia Chosun com as potências industrializadas ocidentais, entre meados do século XIX e o início do século XX.
[6] A Primeira Guerra do Ópio foi travada entre a Companhia Britânica das Índias Orientais e a Dinastia Qing da China entre 1839-1842 com o objetivo de forçar a China a permitir o livre comércio, principalmente do ópio. A Grã-Bretanha pedia a abertura do comércio de ópio, enquanto o governo imperial da China tentou proibir. Portanto, o Ópio era uma droga proibida na China, mas que era contrabandeada por mercadores ingleses, seu consumo pelos chineses começou a desestabilizar as finanças de governo no século XIX.
[7] A Segunda Guerra do Ópio na China foi uma guerra do Império Britânico e do Segundo Império Francês contra a dinastia Qing da China entre 1856-1860. Esta guerra pode ser vista como uma extensão da Primeira Guerra do Ópio, daí o nome que lhe foi atribuído. Em suma, houve o ataque anglo-francês contra o Cantão.
[8] Expedição anglo-francesa contra Pequim.
[9] A Revolução Taiping (1851 - 1864) foi um dos conflitos mais sangrentos da história, um confronto entre as forças da China imperial e um grupo inspirado por um místico auto-proclamado, chamado Hung Hsiu-ch’üan, que se dizia cristão e também intitulava-se irmão de Cristo. Seu objetivo era criar uma nova cultura, substituindo a tradição confucionista e budista por algo novo,, moldado conforme às suas idéias.
[10] A Guerra dos boxers (1899-1900), chamado também de Movimento Yijetuan, foi um movimento popular antiocidental e anticristão na China.
[11]Liang Qichao (simplified Chinese: 梁启超; traditional Chinese: 啟超; pinyin: Liáng Qǐchāo; Wade-Giles: Liang Ch'i-ch'ao; Styled Zhuoru, 卓如; Pseudonym: Rengong, 任公) (February 23, 1873–January 19, 1929) Foi um chinês erudito, jornalista, filósofo e reformista durante a Dinastia Qing (1644–1911), que animou os seus escritos chineses estudiosos com movimentos de reforma e. Ele morreu de doença em Pequim com a idade de 55.
[12] Sun Yat-sen (pinyin: Sūn YiXiān; Cuiheng, 12 de novembro de 1866 – 12 de março de 1925) foi um estadista, político e líder revolucionário chinês. É interessante perceber que ele foi o principal pioneiro da China republicana, Sun é frequentemente referido como o Pai da Nação, inclusive ele desempenhou um papel fundamental na derrubada da Dinastia Qing em outubro de 1911, a última dinastia imperial da China. Cabe ressaltar que foi o primeiro provisório quando a República da China foi fundada em 1912 e mais tarde co-fundador do Kuomintang, onde atuou como seu primeiro líder. Sun foi uma figura de união na China pós-imperial e continua a ser o único entre os políticos chineses do século XX a ser amplamente revrenciado entre os povos de ambos os lados do Estreito de Taiwan.

[13] Yuan Shikai (simplified Chinese: 袁世; traditional Chinese: 袁世凱; pinyin: Yuán Shìkǎi; Wade–Giles: Yüan Shih-k'ai; Courtesy Wèitíng 慰亭; Pseudonym: Róng'ān 容庵, also named after birthplace Yuán Xiàngchéng 项城) (16 September 1859[1] – 6 June 1916, foi um importante político chinês geral e famoso por sua influência durante a tarde, o seu papel Dinastia Qing aos acontecimentos que culminaram com a abdicação do último Imperador da China, Qing seu autocrático como o primeiro Presidente da República da China,-vida curta e sua tentativa de revitalizar o chinês monarquia, com ele como o "Grande Imperador da China."
[14] O Kuomintang, Guomingdang ou Kuo-Min-Tang (conhecido pelas iniciais KMT ou GMD), em chinês tradicional : 中國國民黨 ; em hanyu pinyin : Zhōngguó Guómíndǎng; literalmente « Partido Nacionalista Chinês » [1] [2] é o partido político que governa a República da China (conhecida como Taiwan desde os anos 1970). A sede do partido encontra-se em Taipei.

[15] Chiang Kai-shek (31 de Outubro de 1887 - 5 de Abril de 1975) foi um militar e político chinês que assumiu a liderança do Kuomintang (um partido político conservador da China na época) depois da morte de Sun Yat-sen, em 1925. Como se vê, ele comandou a Expedição do Norte, que tinha como objetivo unificar a China contra os chamados Senhores da guerra da China, que dominavam algumas regiões do país. Saiu vitorioso em 1928, como o líder da República da China.
[16] Li Dazhao ou Li Ta-chao (born Oct. 6, 1888, Hebei province, China—died April 28, 1927, Beijing),  foi um dos fundadores do Partido comunista chinês (PCC). principal bibliotecário e professor da Universidade, história em Pequim Li passou a ser inspirado pelo sucesso da Revolução russa e começou a estudar e palestra sobre Marxismos, sendo que os grupos de estudo em 1921, Li tinha criado formalmente se tornou o PCC. Li Ta-chao ajudou o novo partido efectuem a política da Internacional comunista e colaborou com o Partido Nacionalista de Sun Yat-ndep. Sua carreira foi interrompida quando ele foi apreendida e enforcada pelo militar Zhang suas idéias Zuolin, mas de uma revolução das populações pobres camponeses foram concluídas por Mao Tsé Tung.
[17] Chen Duxiu (chinês tradicional: 陳獨秀, chinês simplificado: 陈独秀, pinyin: Chén Dúxiù, Wade-Giles: Ch'en Tu-hsiu; Anqing, Anhui, 28 de Outubro de 1880 - Jiangjin, Sichuan, 27 de Maio de 1942) foi um intelectual chinês. É considerado, junto a Li Dazhao, o fundador do Partido Comunista da China, do qual foi seu primeiro presidente e secretário geral.

[18]Comintern ou Komintern (do alemão Kommunistische Internationale) é o termo com que se designa a Terceira Internacional ou Internacional Comunista (1919-1943), isto é, a organização internacional fundada por Vladimir Lenin e pelo PCUS (bolchevique), em março de 1919, para reunir os partidos comunistas de diferentes países.
[19] Hunan (湖南 em chinês pinyin: Húnán) é uma província da República Popular da China, tem como capital a cidade de Changshae o seu nome quer dizer "Sul do Lago" por se encontrar a Sul do Lago Dongting. Para além disso é atravessada pelos rios Yangtze e Dongtin.
[20] Changsha (长沙) é a capital da província de Hunan, na China. Localiza-se nas margens do rio Xiang. Tem cerca de 2 131 620 habitantes. Foi fundada no início do século III A.c.